domingo, julho 30, 2006

Uma aventura no Londres

Hoje à tarde decidi arrastar-me até ao cinema Londres. É, de facto um cinema bastante datado e arrisco-me mesmo a qualificá-lo como um cinema de bairro, quase familiar - com as suas cadeiras aeroespaciais que "abraçam" de forma acolhedora mas algo incómoda o espectador - daqueles em que íamos com os nossos avós nas tardes de Domingo que ficaram no nosso mais tenro imaginário e os religiosos intervalos a meio da sessão.
Pois bem, dois desses avózinhos, por incrivé que pareça, com apenas dois filmes em cartaz, conseguiram enganar-se na sala e, claro está, chegaram muito depois das apresentações, e até do próprio genérico, não encontrando, nem sequer com o auxílio de uma laterna - presumo que não seja a primeira vez que o fazem, pois traziam a sua própria lanterna - o devido lugar, numa sala que, apesar de pequena já estava bastante preenchida.
Para gáudio dos restntes espectadores, os ditos "avozinhos" tardaram em escolher o lugar, lamentando mesmo a má fortuna de não haver um arrumador ali à mão, que os auxiliasse na demanda, não obstante o adiantado da hora....

quinta-feira, julho 27, 2006

Os Homens das Cavernas Também Oferecem Toblerones - Francisco Salgueiro

Os homens não acreditam no amor eterno... até encontrarem a mulher certa.

Mais depressa os homens regressam à Lua do que têm os pés assentes numa relação. E Diogo não é excepção. Ele é como Ibiza: está permanentemente em festa. Até que sente um vazio e a necessidade de se evadir e de fazer uma caminhada à volta de si mesmo. Depois de uma viagem espiritual à Índia começa a acreditar que a vida também é feita de sentimentos. Em Miami conhece Rita. Um ano depois reencontram-se em Sintra e apaixonam-se, mas uma viagem a Chernobyl afectará para sempre a relação.
Teremos apenas um grande amor na nossa vida? Alguém que nos marcará para sempre, aconteça o que acontecer? Alguém que consiga transformar radicalmente a nossa perspectiva da vida, do amor e de nós próprios? Ou será que é apenas conversa da Oprah?

quarta-feira, julho 26, 2006


Who Knew

You took my hand
You showed me how
You promised me you'd be around
Uh huh
That's right
I took your words
And I believed
In everything
You said to me
Yeah huh
That's right

If someone said three years from now
You'd be long gone
I'd stand up and punch them up
Cause they're all wrong
I know better
Cause you said forever
And ever
Who knew

Remember when we were such fools
And so convinced and just too cool
Oh no
No no
I wish I could touch you again
I wish I could still call you friend
I'd give anything

When someone said count your blessings now
For they're long gone
I guess I just didn't know how
I was all wrong
They knew better
Still you said forever
And ever
Who knew

Yeah yeah
I'll keep you locked in my head
Until we meet again
Until we
Until we meet again
And I won't forget you my friend
What happened

If someone said three years from now
You'd be long gone
I'd stand up and punch them out
Cause they're all wrong and
That last kiss
I'll cherish
Until we meet again
And time makes
It harder
I wish I could remember
But I keep
Your memory
You visit me in my sleep
My darling
Who knew
My darling
My darling
Who knew
My darling
I miss you
My darling
Who knew
Who knew

terça-feira, julho 25, 2006

Restaurante Spazio Buondi

A conhecida marca de cafés abriu, já há algum tempo, um espaço amplo, moderno e cosmopolita, com uma localização privilegiada, aliando a gastronomia à cultura do café e disponibilizando um serviço de cafetaria e restaurante com refeições ligeiras ou mais completas. Uma oferta excepcional com um serviço de cafetaria e de restaurante inovador. Não deixem de experimentar as saladas e sobretudo as sobremesas essencialmente à base do famoso café e do chocolate Nestlé. Escolham bem a ementa e a vossa companhia, privilegiem a cumplicidade e os sentidos apurados, mas acima de tudo...divirtam-se.

Medeia, princesa da Cólquida (hoje Geórgia), traiu o seu País e o seu Pai, entregando o Velo de Ouro a Jasão, o herói grego comandante dos Argonautas. Segue-o apaixonadamente até à Grécia onde vive como exilada durante dez anos, “em tudo se submetendo à vontade do marido” e às leis e costumes de um país estrangeiro. A acção decorre em Corinto, quando Jasão a repudia para se tornar genro do rei Creonte. Medeia é expulsa com os dois filhos. Fica reduzida à condição de apátrida e ela mesma se considera como um “despojo” trazido de uma terra bárbara. O ultraje sofrido por ela, é também um ultraje aos deuses antigos, perante os quais Jasão fez juramentos que agora quebra. Medeia, herdeira da ordem antiga, jura vingá-la destruindo a nova ordem. Destrói a casa real de Corinto, matando o rei e sua filha e destrói Jasão, matando os filhos de ambos. Para “espanto” dos mortais só é castigada pelo seu próprio sofrimento. O Sol, pai de seu pai, envia-lhe um carro que lhe permite a fuga gloriosa…

Na poética de Sophia de Mello Breyner Andresen, o qualificativo "justo" rima com "inteiro", "livre" ou "limpo", circunscrevendo um lugar utópico onde a luminosidade dos deuses gregos consome, inclemente, a gordura das nossas perversões mesquinhas.

Ora, nem Sophia me parecia capaz de justificar Medeia, princesa da Cólquida, que despedaça o irmão para ajudar Jasão a fugir com o Velo de Ouro; ludibria Creonte, rei de Corinto, que casara sua filha com Jasão; incendeia a que lhe roubou o marido, o pai e o palácio real; e consuma a vingança, assassinando os filhos que tivera de Jasão. E, no entanto, a sua deslumbrante rescrita do texto de Eurípides opera essa transmutação. Poeta de sortilégios, que não recusa a violência, Sophia torna lapidar e inteiro o discurso de Medeia, mulher estrangeira, traída e escorraçada.

Fernanda Lapa escolheu Manuela de Freitas para este papel de excesso. E só ela - a melhor actriz portuguesa viva - poderia reanimar o "uivo" absolutamente desmesurado de Sophia. É sublime o modo como a actriz habita a terra queimada de Medeia, como domina primorosamente a sua riquíssima paleta psicológica, como - atenta e rigorosa - a humaniza na nobreza e terror mais absolutos.

Encolhidos e colados às cadeiras, os espectadores reconhecem na sua argumentação irrazoável o despeito que hoje engendra horrores inesperados num avião, num comboio ou no metro duma qualquer cidade.

Abdicando, em palco, das crianças mudas que interpretam os filhos da protagonista, a encenadora faz do público - também mudo - destinatário da sua ira. No escuro - como negros são os trajes dos incautos Creonte e Jasão - os espectadores de Medeia sofrem o encandeamento orgíaco da neta do Sol (tão bem sinalizado, por António Lagarto, nos resplandecentes figurinos da Ama e do Coro, na aridez quase brutal que deforma a arquitectura neoclássica do Palácio, na ofuscante versão tecnológica do Carro do Sol, que salva Medeia; ou nas coreografias ébrias de Marta Lapa; ou no cromatismo quente e impressivo que assume a luz de Nuno Meira).

A ama-corifeu de Luísa Cruz é o contraponto sensível deste desregramento (como o são as coreutas bailarinas-cantoras que, temerosas, se agitam numa dança pagã). A nobreza cansada de Creonte (António Rama) ou demagogia dominadora de Jasão (João Grosso) alimentam o inebriante festim de sangue em que a música de João Lucas recriou o "espectáculo total" que a tragédia foi na Antiguidade. São ecos - geniais e electrizantes - dum tempo que nos enche de espanto, de culpa e de esperança.
As Vampiras Lésbicas de Sodoma

Depois de "As Obras Completas de William Shakespeare", um pequeno delírio de teatro popular onde o imaginário das histórias de terror se mistura com o glamour decadente do mito Hollywood e o universo exacerbadamente sexual dos shows de travesti. Mas no centro de tudo está o combate feroz entre as duas vedetas, sedentas do sangue que lhes garante a eternidade e envolvidas numa competição estranhamente parecida com a rivalidade ciumenta que é típica entre as grandes divas do cinema.
Divirtam-se enquanto vêem uma magnífica comédia, mas... não se esqueçam de proteger o pescoço!

Este livro, reúne um conjunto de técnicas, gestos e conselhos, partilhados pelos grandes mestres da cozinha, desvendados através de receitas simples, mas nem por isso menos elaboradas, numa mistura perfeita entre a qualidade dos produtos, a simplicidade da confecção e o requinte do prato final. Descubra os segredos do Carpaccio de Novilho, Salada de Magret, Sopa fria de Pêra, Esparguete com Espargos, Risotto de Farinheira ou Mousse de Mascarpone com Morangos.
Um guia bastante interessante para quem pretenda aventurar-se nas lides domésticas ou simplesmente conhecer algumas novidades gastronómicas.

domingo, julho 23, 2006



Old Habits Die Hard (Mick Jagger & Dave Stewart)

I thought I shook myself free
You see I bounce back quicker than most
But i'm half delirious, Is too mysterious
You walk through my walls like a ghost
And I take everyday at a time
I'm as proud as a Lion in his Lair
Now there's no denying it, a note to crying it
Your all tangled up in my head

Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Harder than November rain
Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Hard enough to feel the pain

We haven't spoken in months
You see i've been counting the days
I dream of such humanities, such insanities
I'm lost like a kid and i'm late
But i've never taken your coats
Haven't no block on my phone
I act like an addict, i just got to have it
I can never just leave it alone

Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Harder than November rain
Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Hard enough to feel the pain

And I can't give you up
Can't leave you alone
And its so hard, so hard
And hard enough to feel the pain

Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Harder than November rain
Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Hard enough to feel the pain
De acordo com o Correio da Manhã de hoje, a reconstituição das carreiras dos militares que participaram no processo de transição do 25 de Abril de 1974 já custou ao Estado cerca de 12 milhões de euros.
Este processo ainda se encontra em curso, pelo que a comissão de revisão das carreiras, que é presidida pelo general Hugo dos Santos e cujo mandato tem sido prorrogado desde 1999, aprovou até agora, segundo o Ministério da Defesa, 332 reconstituições de carreiras a coronel ou capitão-de-mar-e-guerra, posto máximo fixado na Lei 43/99.
Que dizer da justeza desta lei que afinal pretende reconhecer financeiramente alguns militares que se rebelieram contra um sistema que, gostassesse ou não, era o sistema vigente e que apenas pelo mero facto desse mesmo sistema ter deixado de existir, os ditos militares ao invés de serem condenados como inssurectos, foram antes condecorados e promovidos....
A derradeira esperança do Coronel

Reedição da obra do Nobel da Literatura em 1982

Durante anos e anos, um antigo Coronel aguarda pacientemente uma carta que, supostamente, mudará a sua vida. Essa missiva deveria trazer-lhe a recompensa pelo seu desempenho e cumprimento do dever durante a Guerra Cistera. O Coronel na reforma vive com a mulher que anseia, como ele, a tal correspondência. Todas as sextas-feiras - e sem falhar uma - o velho coronel prepara-se para a chegada do envelope que teima em não aparecer. Toda a gente sabe que não vale a pena aguardar - incluindo o próprio coronel que se recusa a desistir.
Adaptado ao cinema e vencedor de enormes aplausos, Ninguém screve ao Coronel é uma paródia ou um pequeno romance onde a vida peculiar deste protagonista é descrita com humor e mestria.