domingo, dezembro 31, 2006
Babel
Trata-se da história de um incidente trágico que gera uma cadeia de acontecimentos em quatro famílias, em quatro continentes.
Ligados por circunstâncias mas separados por continentes, culturas e línguas, cada personagem descobre que é a família que, em última análise, providência consolo.
Nas areias longínquas do deserto Marroquino, um tiro de espingarda detona uma série de acontecimentos que ligam um casal de turistas americanos, dois rapazes marroquinos, uma ama que atravessa ilegalmente a fronteira para o México com duas crianças americanas e o pai de uma adolescente japonesa procurado pela polícia em Tóquio.
Em poucos dias, cada um enfrentará a sensação vertiginosa de estar verdadeiramente perdido - perdido no deserto, perdido no mundo, perdido de si próprio.
terça-feira, dezembro 26, 2006
Assim sem você
Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho,
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço, namoro sem amasso
Sou eu assim sem você
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço, retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por que? Por que?
Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada, queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim
O Voo da Mente - Charles Nicholl
Pintor, projectista, inventor, anatomista, músico e filósofo, Leonardo Da Vinci é um dos mais multifacetados e enigmáticos artistas do Renascimento, continuando a inspirar e a intrigar muitas pessoas séculos após a sua morte. O que se esconde atrás da lenda deste génio da Renascença? Qual é a verdadeira história da sua vida?
«Leonardo Da Vinci O Voo da Mente esboça o mais íntimo e convincente retrato do indivíduo complexo, original e eternamente curioso que se esconde atrás do vulto do lendário génio do Renascimento.
Recorrendo a uma vasta gama de fontes contemporâneas e revolvendo os recantos menos conhecidos dos cadernos de apontamentos do próprio Leonardo Da Vinci, Nicholl escreveu a primeira biografia integral do artista. Redigida com elegância e profusamente ilustrada, cheia de detalhes reveladores e de observações muito pertinentes, é uma obra-prima do subgénero biográfico moderno.
segunda-feira, dezembro 25, 2006
segunda-feira, dezembro 04, 2006
O líder parlamentar do CDS-PP sublinhou hoje só o poder judicial poderá avaliar a confissão do ex-segurança José Esteves, que a firma ter preparado um engenho que alegadamente fez despenhar o avião que matou Sá Carneiro e Amaro da Costa.
"No que toca ao poder político, o que havia a fazer está feito. Já nos substituímos durante muitos anos ao poder judicial", afirmou Nuno Melo, reagindo à entrevista do ex-segurança José Esteves à revista Focus.
"As provas estão aí. Resta apenas pegar nelas e realizar um julgamento" , acrescentou Nuno Melo, que presidiu à última Comissão parlamentar de Inquérito sobe Camarate.
Para Nuno Melo, a entrevista de José Esteves "é um facto relevante mas não significa só por si a existência de um crime".
"É um facto relevante que deve ser avaliado, mas só pode ser avaliado por um tribunal", disse.
A edição de hoje da revista Focus, que entrevistou José Esteves, refere que o antigo segurança do CDS, assume agora que foi o autor de uma bomba incendiária que terá provocado a queda do avião mas que o seu plano era apenas pregar um "susto" ao general Soares Carneiro, candidato presidencial pela Aliança Democrática (AD).
José Esteve diz também que o engenho incendiário que preparou foi alterado por forma a provocar a morte dos passageiros do Cessna.
A explosão da aeronave Cessna, no bairro de Camarate, a 04 de Dezembro de 1980, provocou a morte do então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, da sua mulher Snu Abecassis, do ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, do chefe de gabinete do primeiro-ministro António Patrício Gouveia, assim como dos dois p lotos do aparelho.
Nuno Melo recordou que a última comissão de inquérito sobre o caso, a oitava, concluiu pela existência de "fortes indícios da prática de um crime em Camarate".
"Foi o próprio Procurador-Geral da República que o afirmou, em carta dirigida à Assembleia da República, dizendo que os indícios justificavam que o caso fosse levado a julgamento, o que só não sucedia por razões processuais", friso u.
Em termos judiciais, o caso prescreveu em Setembro deste ano e, apesar da confissão, José Esteves nunca poderá ser julgado.
Existe apenas a possibilidade de o caso ser apreciado por instâncias europeias, já que o advogado de alguns familiares das vítimas, Ricardo Sá Fernandes, assegurou que vai apresentar, em Janeiro, junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, uma acção em que pede a condenação do Estado português "a uma indemnização simbólica de um euro" às famílias das vítimas.
Nuno Melo manifestou ainda a sua esperança de que os "partidos do arco da governabilidade, PS, PSD e CDS-PP" possam chegar a acordo sobre uma alteração da lei que permita que o Parlamento "não fique de mãos atadas" sempre que concluir pela existência de indícios fortes de crime, uma discussão que decorre no âm bito da revisão do regime dos inquéritos parlamentares.
"PS, PSD e CDS-PP têm que chegar à melhor solução que não ponha em causa a separação de poderes mas que assegure que exemplos como os de Camarate não possam voltar a suceder", frisou.
Referindo ter em mente o caso Camarate, o PSD propôs há duas semanas que seja obrigatória a acusação pelo Ministério Público quando o Parlamento apurar indícios de crime do qual tenha resultado a morte do Presidente da República, presidente da Assembleia da República ou primeiro- ministro.
O CDS-PP sugeriu uma solução idêntica que abranja, além dessas figuras, os membros do Governo, assumindo estar a pensar especificamente no falecido min istro da Defesa Adelino Amaro da Costa.
Por sua vez, o PS propôs que não só esses crimes, mas outros, como os de responsabilidade dos titulares de cargos políticos, sejam levados a tribunal, "em caso de arquivamento ou despacho de não pronúncia", por um "Procurador Especial", com estatuto idêntico ao do Ministério Público, nomeado pelo Parlamento.
A solução do PS é rejeitada pelo PSD, mas os socialistas garantem que irão fechar o dossier da revisão dos inquéritos parlamentares na próxima semana, com ou sem consenso, sem revelarem se irão manter ou deixar cair esta proposta do Procurador Especial.
domingo, dezembro 03, 2006
O protagonista,Roddy Saint James, é um rato cheio de classe que vive num apartamento de luxo e tem uma vida de rei num bairro chique de Londres. Tem uma óptima casa, brinquedos e até tem mordomo. Contudo, existe um senão na sua felicidade: não tem família nem amigos. Até que um dia, Sid, um miserável rato de esgoto, aparece no apartamento e percebe que lhe saiu a sorte grande. Roddy tenta livrar-se dele, mas é o rato chique que acaba a ir pelo cano abaixo e vai parar aos esgotos. Depois do choque inicial, o inocente herói descobre um mundo cuja existência nem suspeitava: barulhento, colorido, perigoso mas altamente emocionante. Um mundo onde vai viver as maiores aventuras e onde vai encontrar o amor entre as patinhas da bela Rita. A menos que os terríveis mercenários que andam pelo esgoto acabem com as suas novas conquistas.
terça-feira, novembro 21, 2006
domingo, novembro 05, 2006
Ontem decidi deslocar-me ao cinema e visitar a versão pop de "Maria Antonieta", a arquiduquesa Maria Antonieta de Habsburgo-Lorena, nascida em Viena em 1955, que subiu ao trono de França, ainda adolescente e acabou odiada pelos franceses e condenada à guilhotina.
Com Kirsten Dunst como protagonista, Sofia Coppola, que se inspirou na biografia da historiadora britânica Antonia Fraser, pinta o retrato da jovem rainha de origem austríaca que encontra em França um universo frívolo e hostil.
Em 1770 Maria Antonieta casou, por procuração, com o delfim Luís, futuro Luís XVI, e foi viver para a corte francesa onde fervilhavam a intriga e as disputas políticas.
À falta da consumação do matrimónio, Maria Antonieta dedica-se a planear festas e a escolher roupas sumptuosas e acessórios ricos. Assegurada a sucessão, a já rainha de França tenta guiar-se pelo sentido de responsabilidade dos seus antepassados, mas, odiada pelos franceses, a sua reputação ficará manchada por infames calúnias. Foi acusada de ser uma meretriz, uma espia, uma delapidadora do erário público. Com a Revolução Francesa, foi presa, julgada em tribunal revolucionário e guilhotinada a 16 de Outubro de 1793.
domingo, outubro 29, 2006
Crank
Mau, muito mau!
Vogue
Strike a pose
Vogue, vogue, vogue
Vogue, vogue, vogue
Look around everywhere you turn is heartache
It's everywhere that you go [look around]
You try everything you can to escape
The pain of life that you know [life that you know]
When all else fails and you long to be
Something better than you are today
I know a place where you can get away
It's called a dance floor, and here's what it's for, so
Chorus:
Come on, vogue
Let your body move to the music [move to the music]
Hey, hey, hey
Come on, vogue
Let your body go with the flow [go with the flow]
You know you can do it
All you need is your own imagination
So use it that's what it's for [that's what it's for]
Go inside, for your finest inspiration
Your dreams will open the door [open up the door]
It makes no difference if you're black or white
If you're a boy or a girl
If the music's pumping it will give you new life
You're a superstar, yes, that's what you are, you know it
(chorus, substituting "groove" for "move")
Beauty's where you find it
Not just where you bump and grind it
Soul is in the musical
That's where I feel so beautiful
Magical, life's a ball
So get up on the dance floor
(chorus)
Vogue, [Vogue]
Beauty's where you find it [move to the music]
Vogue, [Vogue]
Beauty's where you find it [go with the flow]
Greta Garbo, and Monroe
Dietrich and DiMaggio
Marlon Brando, Jimmy Dean
On the cover of a magazine
Grace Kelly; Harlow, Jean
Picture of a beauty queen
Gene Kelly, Fred Astaire
Ginger Rogers, dance on air
They had style, they had grace
Rita Hayworth gave good face
Lauren, Katherine, Lana too
Bette Davis, we love you
Ladies with an attitude
Fellows that were in the mood
Don't just stand there, let's get to it
Strike a pose, there's nothing to it
Vogue, vogue
Oooh, you've got to
Let your body move to the music
Oooh, you've got to just
Let your body go with the flow
Oooh, you've got to
Vogue
Quanto me amas?
François é um cliente que acabou de ganhar um grande prémio e está interessado em levar Daniela consigo para casa.
A trama gira em torno do "preço" acordado entre ambos, mas apesar desta ter aceite a proposta de François para deixar o mundo da noite, Charly vai ser um osso duro de roer.
Uma hilarianate comédia sobre encontros e desencontros, que nos leva a pensar em quanto custa o amor verdadeiro....
domingo, outubro 15, 2006
domingo, outubro 08, 2006
A Dália Negra
Contudo, neste filme é relatada uma outra história justaposta, a de dois polícias, antigos pugilistas, Lee Blanchard (Aaron Eckhart) e Bucky Bleichert (Josh Hartnett).
A construção destas personagens, o seu percurso e a forte amizade que os une contribuirá para explicar o desfecho desta história.
Ambos são chamados para investigar o homicídio da ambiciosa aspirante a actriz Betty Ann Short (Mia Kirshner) também conhecida como “Dália Negra” – uma morte tão macabra que as imagens não foram reveladas publicamente.
À medida que a crescente preocupação de Blanchard com o sensacional assassinato ameaça o seu relacionamento com Kay (Scarlett Johansson), o seu parceiro Bleichert vê-se atraído pela enigmática Madeleine Linscott (Hilary Swank), a filha de um dos mais influentes famílias da cidade – que tem uma ligação duvidosa à vítima do homicídio.
Uma história de corrupção, ambição e de um triângulo amoroso que deixa antever um desfecho trágico...
sexta-feira, outubro 06, 2006
Stewart negocia o instrumento e o passa para George Baines (Harvey Keitel), um rude vizinho analfabeto e administrador da região. Atraído por Ada, Baines concorda em devolver o piano em troca de algumas lições no instrumento, que Ada daria para ele.
Tais aulas, rapidamente se transformam em encontros sexuais cada vez mais intensos, nos quais Baines pagava Ada com uma ou mais teclas do piano, sendo que o pagamento estava relacionado à intensidade de intimidade proporcionada.
Porém, logo esta situação acaba por sair do controle, gerando trágicas consequências para Ada, que alvo de um ataque de ciúmes de Stewart, vê um dedo decepado e o seu piano estragado.
Ada e Stewart acabam por sair daquele país, levando consigo o piano. No regresso, Ada ordena que o piano seja atirado ao mar, prescindo do seu preciso instrumento, acaba por reiniciar a sua vida ao lado do seu grande amor, como se uma parte de si ficasse para sempre no fundo do mar.
domingo, outubro 01, 2006
O regresso de Rocky
O Hard Rock Café, fundado em 1971, em Londres, por Peter Morton e Isaac Tigrett, iniciou a sua internacionalização em 1982.
quarta-feira, setembro 27, 2006
Algo vai mal no reino da Dinamarca
domingo, setembro 24, 2006
O Outono está aí...
Já basta de praia. Chegou aquele fresquinho das noites ventosas. Alguma chuva perturba o trânsito, mas já fazia falta!
sexta-feira, setembro 22, 2006
domingo, setembro 17, 2006
Super Thurman
Ele partiu-lhe o coração, mas ela vingou-se, partindo-lhe tudo o que podia...
Uma comédia de amores desencontrados que marca o regresso de Uma Thurman ao grande écran.
Um grande filme num final de tarde deste Verão que aos poucos finda. Só é lamantável que o Alvaláxia insista em não fazer o desconto de estudante...De facto nunca gostei daquela sala. Além do mais existe sempre o Monumental, bastante mais acolhedor!
sábado, setembro 09, 2006
Um outro filme de mulheres
São elas Raimunda (Penélope Cruz), casada com um operário a viver do subsídio de desemprego e uma filha adolescente (Yohana Cobo); Sole (Lola Dueñas), a sua irmã, que ganha a vida como cabeleireira; e a mãe de ambas (Carmen Maura), alegadamente morta num incêndio, juntamente com o marido.
O "fantasma" de Carmen regressa à terra para ajudar primeiro a sua irmã (Chus Lampreave) e depois Sole. Embora seja com Raimunda que tenha em vida deixado assuntos pendentes, tal como fez com a vizinha da sua aldeia, Agustina.
domingo, setembro 03, 2006
O Sentinela
Tudo começa com uma quebra na segurança dos serviços secretos americanos.
domingo, agosto 20, 2006
Recordar Miami Vice
Sonny Crockett e Ricardo Tubbs são agentes infiltrados. Tubbs (Jamie Foxx) tem um estilo urbano e está sempre na moda. Vive com Trudy, uma analista de sistemas, enquanto trabalha como infiltrado numa missão de transporte de droga para o sul da Florida, a fim de identificar um grupo responsável por três homicídios.
Sonny Crockett (Colin Farrell) é carismático e um verdadeiro quebra corações. E quando começa a trabalhar infiltrado para um fornecedor do grupo do sul da Florida, envolve-se com Isabella (Gong Li), uma cubana de origens orientais, mulher de um traficante de armas e droga.
A intensidade deste caso vai levar Crockett e Tubbs até ao limite, em que a personagem que interpretam como infiltrados e a sua verdadeira identidade se começam a confundir. Isto torna-se especialmente notório para Crockett no seu romance com Isabella e para Tubbs quando a missão começa a colocar em risco as pessoas que ama.
sábado, agosto 19, 2006
domingo, agosto 13, 2006
"No dia seguinte ninguém morreu.". Este é ponto de partida para ampla divagação sobre a vida, a morte, o amor e o sentido, ou a falta dele, da nossa existência.
Além de reflexões existenciais, Saramago faz uma dura crítica a sociedade moderna (o país da obra é fictício) ao relatar as reações da Igreja, do Governo, do Clero, dos repórteres, dos filósofos, dos economistas, das funerárias, casas de pensão, hospitais, seguradoras, das famílias com um moribundo em casa, da máphia, etc.
No contexto da obra de José Saramago, trata-se de um livro diferente. É um texto belíssimo, num estilo inconfundível, cheio de imaginação e humor.
Tudo começa quando a morte decide fazer greve e os cidadãos deixam de morrer. Neste ponto é genial a forma como Saramago põe em confronto a alegria do povo com as preocupações do governo. Só desta forma se reconhece a importância da morte e a sua função prática. Sem a morte a vida do país torna-se um caos; a Igreja, que controla o poder político e determina as ideologias dominantes, desespera. Porque sem morte não há ressurreição e sem ressurreição não há religião. Levadas as coisas às últimas consequências, sem a morte a religião perderia todo o seu poder, porque sem a morte não há medo. É essencial para o poder político e para a Igreja que o medo perdure.
Mas a ausência da morte cria também problemas politico-sociais: “o que vamos fazer com os velhos?” – uma questão actual e polémica que Saramago introduz com mestria e a-propósito.
Outra ideia interessante neste livro é a impensável lista de prejudicados com a greve da morte: agencias funerárias, hospitais, companhias de seguros, médicos, advogados, jornalistas, etc etc. Até os filósofos dependiam da morte; sem ela toda a especulação se torna impossível porque sem a morte não se pode procurar o sentido da vida.
O povo, aos poucos vai sentindo o lado negro da greve da morte; afinal, multiplicam-se os problemas quando os entes queridos, mesmo em sofrimento, não morrem. Torna-se impossível suportar os moribundos. Os políticos e as máfias – numa amálgama inteligentemente criada por Saramago – definem estratégias concertadas para evitar escândalos, procurando manter “o rumo natural” das coisas, de forma discreta e politicamente correcta, perante a “moda” que entretanto se instalara: a de levar os moribundos a morrer do outro lado da fronteira. É uma incursão discreta de Saramago pelo tema da eutanásia. Aqui, fica bem clara uma crítica severa à forma como as estruturas políticas encaram os idosos – o matematismo mercantilista da Segurança Social, tema tão controverso como actual.
Ao longo de todo o livro, um traço curioso é o discreto e inteligente sentido de humor com que Saramago aborda estes temas tão dramáticos. A parte final do livro é genial e surpreendente. A morte assume um rosto humano, feminino e irresistível. Mas só a música é capaz de a vencer. A música e o amor.
sexta-feira, agosto 11, 2006
Andrea Sachs, acabada de sair da universidade, consegue um emprego fabuloso «pelo qual um milhão de jovens eram capazes de dar a vida»: é contratada como assistente de Miranda Priestly, a editora da famosa revista Runway. No entanto, como assistente pessoal de Miranda, Andrea vê-se forçada a suportar toda uma série de abusos, realizando tarefas como encomendar-lhe o pequeno-almoço, tratar-lhe da roupa suja, fazer de motorista para a cadelinha buldogue francesa, preparar-lhe as viagens… Resumindo, Andrea tem de estar disponível vinte e quatro horas por dia para atender aos seus pedidos, e, ainda por cima, sempre com um sorriso no rosto! Será que um ano de sacrifício, ao serviço de um 'diabo' que veste Prada, não é um preço demasiado alto a pagar pelo emprego da sua vida?!
quinta-feira, agosto 10, 2006
Aproveitando o facto de o Museu do Design sair do Centro do Cultural de Belém (CCB) no fim de Agosto, visitei-o ontem pela primeira vez.
A colecção de design de Francisco Capelo apresenta cerca de 350 peças entre mobiliário, objectos utilitários e um conjunto onde estão representados os principais designers e costureiros do século XX, que possibilita uma nova visão do design de 1937 até à actualidade.
Em 2007 esta colecção passará para o Palácio de Santa Catarina, que deverá reunir o acervo de design e de moda, num total de cerca de 900 peças.
domingo, julho 30, 2006
Hoje à tarde decidi arrastar-me até ao cinema Londres. É, de facto um cinema bastante datado e arrisco-me mesmo a qualificá-lo como um cinema de bairro, quase familiar - com as suas cadeiras aeroespaciais que "abraçam" de forma acolhedora mas algo incómoda o espectador - daqueles em que íamos com os nossos avós nas tardes de Domingo que ficaram no nosso mais tenro imaginário e os religiosos intervalos a meio da sessão.
Pois bem, dois desses avózinhos, por incrivé que pareça, com apenas dois filmes em cartaz, conseguiram enganar-se na sala e, claro está, chegaram muito depois das apresentações, e até do próprio genérico, não encontrando, nem sequer com o auxílio de uma laterna - presumo que não seja a primeira vez que o fazem, pois traziam a sua própria lanterna - o devido lugar, numa sala que, apesar de pequena já estava bastante preenchida.
Para gáudio dos restntes espectadores, os ditos "avozinhos" tardaram em escolher o lugar, lamentando mesmo a má fortuna de não haver um arrumador ali à mão, que os auxiliasse na demanda, não obstante o adiantado da hora....
quinta-feira, julho 27, 2006
Os homens não acreditam no amor eterno... até encontrarem a mulher certa. Mais depressa os homens regressam à Lua do que têm os pés assentes numa relação. E Diogo não é excepção. Ele é como Ibiza: está permanentemente em festa. Até que sente um vazio e a necessidade de se evadir e de fazer uma caminhada à volta de si mesmo. Depois de uma viagem espiritual à Índia começa a acreditar que a vida também é feita de sentimentos. Em Miami conhece Rita. Um ano depois reencontram-se em Sintra e apaixonam-se, mas uma viagem a Chernobyl afectará para sempre a relação.
Teremos apenas um grande amor na nossa vida? Alguém que nos marcará para sempre, aconteça o que acontecer? Alguém que consiga transformar radicalmente a nossa perspectiva da vida, do amor e de nós próprios? Ou será que é apenas conversa da Oprah?
quarta-feira, julho 26, 2006
Who Knew
You took my hand
You showed me how
You promised me you'd be around
Uh huh
That's right
I took your words
And I believed
In everything
You said to me
Yeah huh
That's right
If someone said three years from now
You'd be long gone
I'd stand up and punch them up
Cause they're all wrong
I know better
Cause you said forever
And ever
Who knew
Remember when we were such fools
And so convinced and just too cool
Oh no
No no
I wish I could touch you again
I wish I could still call you friend
I'd give anything
When someone said count your blessings now
For they're long gone
I guess I just didn't know how
I was all wrong
They knew better
Still you said forever
And ever
Who knew
Yeah yeah
I'll keep you locked in my head
Until we meet again
Until we
Until we meet again
And I won't forget you my friend
What happened
If someone said three years from now
You'd be long gone
I'd stand up and punch them out
Cause they're all wrong and
That last kiss
I'll cherish
Until we meet again
And time makes
It harder
I wish I could remember
But I keep
Your memory
You visit me in my sleep
My darling
Who knew
My darling
My darling
Who knew
My darling
I miss you
My darling
Who knew
Who knew
terça-feira, julho 25, 2006
A conhecida marca de cafés abriu, já há algum tempo, um espaço amplo, moderno e cosmopolita, com uma localização privilegiada, aliando a gastronomia à cultura do café e disponibilizando um serviço de cafetaria e restaurante com refeições ligeiras ou mais completas. Uma oferta excepcional com um serviço de cafetaria e de restaurante inovador. Não deixem de experimentar as saladas e sobretudo as sobremesas essencialmente à base do famoso café e do chocolate Nestlé. Escolham bem a ementa e a vossa companhia, privilegiem a cumplicidade e os sentidos apurados, mas acima de tudo...divirtam-se.
Medeia, princesa da Cólquida (hoje Geórgia), traiu o seu País e o seu Pai, entregando o Velo de Ouro a Jasão, o herói grego comandante dos Argonautas. Segue-o apaixonadamente até à Grécia onde vive como exilada durante dez anos, “em tudo se submetendo à vontade do marido” e às leis e costumes de um país estrangeiro. A acção decorre em Corinto, quando Jasão a repudia para se tornar genro do rei Creonte. Medeia é expulsa com os dois filhos. Fica reduzida à condição de apátrida e ela mesma se considera como um “despojo” trazido de uma terra bárbara. O ultraje sofrido por ela, é também um ultraje aos deuses antigos, perante os quais Jasão fez juramentos que agora quebra. Medeia, herdeira da ordem antiga, jura vingá-la destruindo a nova ordem. Destrói a casa real de Corinto, matando o rei e sua filha e destrói Jasão, matando os filhos de ambos. Para “espanto” dos mortais só é castigada pelo seu próprio sofrimento. O Sol, pai de seu pai, envia-lhe um carro que lhe permite a fuga gloriosa…
Na poética de Sophia de Mello Breyner Andresen, o qualificativo "justo" rima com "inteiro", "livre" ou "limpo", circunscrevendo um lugar utópico onde a luminosidade dos deuses gregos consome, inclemente, a gordura das nossas perversões mesquinhas.
Ora, nem Sophia me parecia capaz de justificar Medeia, princesa da Cólquida, que despedaça o irmão para ajudar Jasão a fugir com o Velo de Ouro; ludibria Creonte, rei de Corinto, que casara sua filha com Jasão; incendeia a que lhe roubou o marido, o pai e o palácio real; e consuma a vingança, assassinando os filhos que tivera de Jasão. E, no entanto, a sua deslumbrante rescrita do texto de Eurípides opera essa transmutação. Poeta de sortilégios, que não recusa a violência, Sophia torna lapidar e inteiro o discurso de Medeia, mulher estrangeira, traída e escorraçada.
Fernanda Lapa escolheu Manuela de Freitas para este papel de excesso. E só ela - a melhor actriz portuguesa viva - poderia reanimar o "uivo" absolutamente desmesurado de Sophia. É sublime o modo como a actriz habita a terra queimada de Medeia, como domina primorosamente a sua riquíssima paleta psicológica, como - atenta e rigorosa - a humaniza na nobreza e terror mais absolutos.
Encolhidos e colados às cadeiras, os espectadores reconhecem na sua argumentação irrazoável o despeito que hoje engendra horrores inesperados num avião, num comboio ou no metro duma qualquer cidade.
Abdicando, em palco, das crianças mudas que interpretam os filhos da protagonista, a encenadora faz do público - também mudo - destinatário da sua ira. No escuro - como negros são os trajes dos incautos Creonte e Jasão - os espectadores de Medeia sofrem o encandeamento orgíaco da neta do Sol (tão bem sinalizado, por António Lagarto, nos resplandecentes figurinos da Ama e do Coro, na aridez quase brutal que deforma a arquitectura neoclássica do Palácio, na ofuscante versão tecnológica do Carro do Sol, que salva Medeia; ou nas coreografias ébrias de Marta Lapa; ou no cromatismo quente e impressivo que assume a luz de Nuno Meira).
A ama-corifeu de Luísa Cruz é o contraponto sensível deste desregramento (como o são as coreutas bailarinas-cantoras que, temerosas, se agitam numa dança pagã). A nobreza cansada de Creonte (António Rama) ou demagogia dominadora de Jasão (João Grosso) alimentam o inebriante festim de sangue em que a música de João Lucas recriou o "espectáculo total" que a tragédia foi na Antiguidade. São ecos - geniais e electrizantes - dum tempo que nos enche de espanto, de culpa e de esperança.
Depois de "As Obras Completas de William Shakespeare", um pequeno delírio de teatro popular onde o imaginário das histórias de terror se mistura com o glamour decadente do mito Hollywood e o universo exacerbadamente sexual dos shows de travesti. Mas no centro de tudo está o combate feroz entre as duas vedetas, sedentas do sangue que lhes garante a eternidade e envolvidas numa competição estranhamente parecida com a rivalidade ciumenta que é típica entre as grandes divas do cinema.
Divirtam-se enquanto vêem uma magnífica comédia, mas... não se esqueçam de proteger o pescoço!
Este livro, reúne um conjunto de técnicas, gestos e conselhos, partilhados pelos grandes mestres da cozinha, desvendados através de receitas simples, mas nem por isso menos elaboradas, numa mistura perfeita entre a qualidade dos produtos, a simplicidade da confecção e o requinte do prato final. Descubra os segredos do Carpaccio de Novilho, Salada de Magret, Sopa fria de Pêra, Esparguete com Espargos, Risotto de Farinheira ou Mousse de Mascarpone com Morangos.
Um guia bastante interessante para quem pretenda aventurar-se nas lides domésticas ou simplesmente conhecer algumas novidades gastronómicas.
domingo, julho 23, 2006
Old Habits Die Hard (Mick Jagger & Dave Stewart)
I thought I shook myself free
You see I bounce back quicker than most
But i'm half delirious, Is too mysterious
You walk through my walls like a ghost
And I take everyday at a time
I'm as proud as a Lion in his Lair
Now there's no denying it, a note to crying it
Your all tangled up in my head
Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Harder than November rain
Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Hard enough to feel the pain
We haven't spoken in months
You see i've been counting the days
I dream of such humanities, such insanities
I'm lost like a kid and i'm late
But i've never taken your coats
Haven't no block on my phone
I act like an addict, i just got to have it
I can never just leave it alone
Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Harder than November rain
Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Hard enough to feel the pain
And I can't give you up
Can't leave you alone
And its so hard, so hard
And hard enough to feel the pain
Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Harder than November rain
Old habits die hard
Old soldiers just fade away
Old habits die hard
Hard enough to feel the pain
Este processo ainda se encontra em curso, pelo que a comissão de revisão das carreiras, que é presidida pelo general Hugo dos Santos e cujo mandato tem sido prorrogado desde 1999, aprovou até agora, segundo o Ministério da Defesa, 332 reconstituições de carreiras a coronel ou capitão-de-mar-e-guerra, posto máximo fixado na Lei 43/99.
Que dizer da justeza desta lei que afinal pretende reconhecer financeiramente alguns militares que se rebelieram contra um sistema que, gostassesse ou não, era o sistema vigente e que apenas pelo mero facto desse mesmo sistema ter deixado de existir, os ditos militares ao invés de serem condenados como inssurectos, foram antes condecorados e promovidos....
Reedição da obra do Nobel da Literatura em 1982
Durante anos e anos, um antigo Coronel aguarda pacientemente uma carta que, supostamente, mudará a sua vida. Essa missiva deveria trazer-lhe a recompensa pelo seu desempenho e cumprimento do dever durante a Guerra Cistera. O Coronel na reforma vive com a mulher que anseia, como ele, a tal correspondência. Todas as sextas-feiras - e sem falhar uma - o velho coronel prepara-se para a chegada do envelope que teima em não aparecer. Toda a gente sabe que não vale a pena aguardar - incluindo o próprio coronel que se recusa a desistir.
Adaptado ao cinema e vencedor de enormes aplausos, Ninguém screve ao Coronel é uma paródia ou um pequeno romance onde a vida peculiar deste protagonista é descrita com humor e mestria.